Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, indicando a pessoa do discurso.
Exemplo: Ricardo ainda não chegou. Ele está na casa de Rita.
Na frase acima o pronome ele substitui Ricardo.
Existem três pessoas gramaticais ou pessoas do discurso:
1ª pessoa: a pessoa que fala; 2ª pessoa: a pessoa com quem se fala; 3ª pessoa: a pessoa de quem se fala.
Exemplos:
1ª pessoa: Eu passei no vestibular. 2ª pessoa: Tu és um grande homem. 3ª pessoa: Eles conseguiram erguer a estátua.
Pessoas do discurso
Pronomes Retos
Pronomes oblíquos
primeira pessoa do singular
segunda pessoa do singular
terceira pessoa do singular
eu
tu
ele/ela
me, mim, comigo
te, ti, contigo
se, si, o, a, lhe, consigo
primeira pessoa do plural
segunda pessoa do plural
terceira pessoa do plural
nós
vós
eles/elas
nos, conosco
vos, convosco
se, si, os, os, lhes, consigo
ATIVIDADES
1) Reescreva as frases abaixo, substituindo as palavras em destaque pelos pronomes correspondentes
a)Bianca e Débora ganharam o concurso de beleza. Bianca e Debora são muito bonitas
b)Hoje Gabriel ficou de castigo. Gabriel está muito teimoso.
c)Beatriz foi passar as férias na praia. Beatriz adora ir pra lá.
d) Eu e meu irmão fomos á sorveteria. Eu e meu irmão adoramos sorvete.
d)Meu pai e meu irmão jogam futebol. Meu pai e meu irmão adoram praticar este esporte.
2) Complete as frases usando os pronomes comigo, contigo, e consigo.
a)Eu e Débora vamos ao clube. A Débora vai----------------------
b)Tu irás ao mercado com teu pai. Teu pai irá [R].
c)O professor saiu da sala. Ele levou as provas dos alunos.[R]
1- Leitura dramatizada da crônica abaixo por dois alunos, que assumirão os papéis dos interlocutores 1 e 2:
Papos
Luis Fernando Veríssimo
- Me disseram... - Disseram-me. - Hein? - O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”. - Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”? - O quê? - Digo-te que você... - O “te” e o “você” não combinam. - Lhe digo? - Também não. O que você ia me dizer? - Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz? - Partir-te a cara. - Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me. - É para o seu bem. - Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu... - O quê? - O mato. - Que mato? - Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? - Eu só estava querendo... - Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo! - Se você prefere falar errado... - Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me? - No caso...não sei. - Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não? - Esquece. - Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos. - Depende. - Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesse, mas não sabes-o. - Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser. - Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia. - Por quê? - Porque, com todo este papo, esqueci-lo. (Comédias para se ler na escola, pp.65-6)
2- Discutir com os alunos algumas passagens do texto: (sugestões) a) “Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender.”
b) “Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo!”
3- Rever com os alunos as regras de colocação pronominal: palavras atrativas que justificam próclise; casos de ênclise e mesóclise (salientando que esta está em fase de desaparecimento no estágio atual, presente apenas em textos de alto grau de monitoração).
A partir daí, retomar o texto:
a) o interlocutor 2, que estava sendo corrigido pelo amigo, conhecia com segurança ar regras de colocação pronominal do Português? Apontar trechos do texto que comprovem a resposta dada.
b) o interlocutor 1, que assume postura “corretista” – diz ao outro: “É para o seu bem” –, demonstra conhecimento seguro das regras acima? Justificar com trechos do texto.
c) O interlocutor 1 argumenta: “Se você prefere falar errado...” - o que seria “falar certo” e “falar errado”? A conversa acima exigia realmente alto grau de monitoração?
d) “Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás.” – Em Portugal, é comum haver a fusão, num pronome, dos dois objetos (ex: Digo-lho. - lho= lhe + o), o que não ocorre no Brasil. A retomada destacada acima (“mas”= me + as) está adequada: Por quê?
4 – O falante “corretista” do texto diz: - “O “te” e o “você” não combinam.” No entanto, músicas trazem construções como “demorei muito pra te encontrar. Agora quero só você.”
O que ocorre, então? Em que situações se exige a “harmonização de tratamento”?
Possíveis dificuldades:
Evidenciar aos alunos que, diante da pressão exercida pelo falante corretista, o interlocutor 2 chegar a criar construções não abonadas pela Gramática Tradicional – ex: “Matar-lhe-ei-te.” Trata-se de hipercorreção.
Glossário:
Hipercorreção: tendência dos falantes a, numa situação comunicativa de grande estresse, exagerar no cumprimento das regras da GT, produzindo sentenças desviantes pelo excesso (no caso do texto, exagero na colocação de pronomes).
Exercício
1 – Reescreva o texto a seguir, evitando repetições desnecessárias. Penélope Dalton Trevisan
Naquela rua mora um casal de velhos. A mulher espera o marido na varanda, tricoteia em sua cadeira de balanço. Quando o marido chega ao portão, a mulher está de pé, agulhas cruzadas na cestinha. O marido atravessa o pequeno jardim e, no limiar da porta, beija a mulher de olho fechado. Sempre juntos, a lidar no quintal, o marido entre as couves, a mulher no canteiro de malvas. Pela janela da cozinha, os vizinhos podem ver que o marido enxuga a louça. No sábado, o marido e a mulher saem a passeio, a mulher, gorda, de olhos azuis e o marido, magro, de preto. No verão, a mulher usa um vestido branco, fora de moda; o marido ainda de preto. Mistério a sua vida; sabe-se vagamente, anos atrás, um desastre, os filhos mortos. Desertando casa, túmulo, bicho, o marido e a mulher mudam para Curitiba. Só o marido e a mulher, sem cachorro, gato, passarinhos. Por vezes, na ausência do marido, a mulher traz um osso ao cão vagabundo que cheira o portão. Engorda uma galinha, logo se enternece, incapaz de matar a galinha. O marido desmancha o galinheiro e, no lugar, ergue-se caco feroz. Arranca a única roseira no canto do jardim. Nem a uma rosa concede o seu resto de amor. Além do sábado, não saem de casa, o marido fumando cachimbo, a mulher trançando agulhas. Até o dia em que, abrindo a porta, de volta do passeio, acham no pé do marido e no pé da mulher uma carta. Ninguém escreve para o marido e para a mulher, parente ou amigo no mundo. O envelope azul, sem endereço. A mulher propõe queimar o envelope, já sofridos demais. Pessoa alguma pode fazer mal ao marido e a mulher, ele responde. Não queima a carta, esquecida na mesa. O marido e a mulher sentam sob o abajur da sala, a mulher com o tricô, o marido com o jornal. A mulher baixa a cabeça, morde uma agulha, com a outra conta os pontos e, olhar perdido, reconta a linha. O marido, jornal dobrado no joelho, lê duas vezes cada frase. O cachimbo apaga, não o acende, ouvindo o seco bater das agulhas. Abre enfim a carta. Duas palavras, em letra recortada de jornal. Nada mais, data ou assinatura. Estende o papel à mulher que, depois de ler, olha o marido. A mulher se põe de pé, a carta na ponta dos dedos.
Fonte: https://www.releituras.com/daltontrevisan_penelope.asp (acesso em 12 de outubro de 2009). (Adaptado).
Em seguida, o professor fornecerá o texto original para as duplas e deve pedir para que os alunos observem bem as soluções escolhidas por eles e as escolhidas pelo autor e reflitam de que forma se pode evitar a repetição de palavras quando escrevemos. As reflexões deverão ser lidas pelas duplas em um segundo momento.
Exercício - Correção
1 – Reescreva o texto a seguir, fazendo a concordância verbal necessária. Penélope Dalton Trevisan
Naquela rua mora um casal de velhos. A mulher espera o marido na varanda, tricoteia em sua cadeira de balanço. Quando ele chega ao portão, ela está de pé, agulhas cruzadas na cestinha. Ele atravessa o pequeno jardim e, no limiar da porta, beija-a de olho fechado.
Sempre juntos, a lidar no quintal, ele entre as couves, ela no canteiro de malvas. Pela janela da cozinha, os vizinhos podem ver que o marido enxuga a louça. No sábado, saem a passeio, ela, gorda, de olhos azuis e ele, magro, de preto. No verão, a mulher usa um vestido branco, fora de moda; ele ainda de preto. Mistério a sua vida; sabe-se vagamente, anos atrás, um desastre, os filhos mortos. Desertando casa, túmulo, bicho, os velhos mudam-se para Curitiba. Só os dois, sem cachorro, gato, passarinhos. Por vezes, na ausência do marido, ela traz um osso ao cão vagabundo que cheira o portão. Engorda uma galinha, logo se enternece, incapaz de matá-la. O homem desmancha o galinheiro e, no lugar, ergue-se caco feroz. Arranca a única roseira no canto do jardim. Nem a uma rosa concede o seu resto de amor. Além do sábado, não saem de casa, o velho fumando cachimbo, a velha trançando agulhas. Até o dia em que, abrindo a porta, de volta do passeio, acham a seus pés uma carta. Ninguém lhes escreve, parente ou amigo no mundo. O envelope azul, sem endereço. A mulher propõe queimá-lo, já sofridos demais. Pessoa alguma lhes pode fazer mal, ele responde. Não queima a carta, esquecida na mesa. Sentam-se sob o abajur da sala, ela com o tricô, ele com o jornal. A dona baixa a cabeça, morde uma agulha, com a outra conta os pontos e, olhar perdido, reconta a linha. O homem, jornal dobrado no joelho, lê duas vezes cada frase. O cachimbo apaga, não o acende, ouvindo o seco bater das agulhas. Abre enfim a carta. Duas palavras, em letra recortada de jornal. Nada mais, data ou assinatur a. Estende o papel à mulher que, depois de ler, olha-o. Ela se põe de pé, a carta na ponta dos dedos.
Endereço desta atividade -https://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10811
Cada momento na vida é uma oportunidade de aprendizado. Cada experiência enriquece nossa vida. Somos diretores de uma peça teatral magnífica, e cabe a nós fazermos que cada momento de nossa vida seja representado com verdadeira inspiração. Através do trabalho, ao qual dedicamos boa parcela de nossa existência, é que temos a oportunidade de manifestar todas nossas qualidades, tornando nossa vida rica e significativa. Quando colocamos toda nossa energia no nosso trabalho, ele nos proporciona um sentido de realização que nenhuma outra atividade pode nos dar. Quanto mais nos importarmos com nosso trabalho, quanto mais desafios assumirmos, mais compensador e gratificante será estarmos vivos. Se o trabalho não desempenha esta função saudável em nossa vida, pode ser que não estejamos dedicando toda a nossa atenção a ele. A atitude de cuidar, de dar importância ao nosso trabalho, passa a ser uma poderosa força de motivação que nos permite encarar até as tarefas mais difíceis com disposição. Quando enxergamos nosso trabalho como um meio de enriquecer nossa existência, podemos encontrar nele uma das razões de viver e não somente um meio de sobreviver.