A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA E A PESQUISA EM SALA DE AULA
A formação dos professores é sempre feita de forma passageira e eventual não se priorizando a formação continuada de professores, Essa assistência ao educador são sempre realizada a toque de caixa, para compensar compromissos políticos assumidos em campanhas eleitorais, quando se promete que a educação vai mudar. Sabe-se que o investimento na educação é caro, mas os governantes não tem vontade política, principalmente por tratar de lucro incerto em longo prazo.
A identidade não é dado adquirido, não é uma propriedade, não e um produto. A identidade é um espaço de construção de maneiras a ser e de estar na profissão. Por isso, é adequado falar de processo identitário realçado a mescla de dinâmica que caracteriza a maneira e se diz professor.
o professor reflexivo e crítico, pesquisador nas suas escolhas de currículo, proporcionadas por suas ações pedagógicas, se fundamenta na troca com parceiros orientadores de sua formação contínua, vivenciada no seu ambiente de trabalho, no local de sua capacitação docente e em outros espaços alternativos e culturais.
Sabe-se que a prática do professor de Matemática em nossas escolas segue, geralmente, o modele tradicional conservador que se perpetua por longo tempo: Essa pedagogia, hegemônica, em grande parte do sistema educacional nacional, não muda já faz um bom tempo: desde os jesuítas continuamos arraigados a educação clerical.
Além da formação inadequada dos professores, é prática comum nessas reciclagens contemplar mais a transmissão de conteúdos bem estabelecidos na comunidade científica, que aqueles domínios emergentes de investigação nas diversas áreas de conhecimento. A sala de aula do ensino tradicional se sustenta geralmente em práticas empíricas do currículo e da pedagogia.
São poucas as reformas curriculares que aconteceram na Matemática neste século. São anos e anos de domínio da pedagogia tecnicista-clássica, conservando em sua essência quase todos os conteúdos e processos educativos de pelo menos 50 anos atrás. A pedagogia do ensino da matemática não foi mudada em sua essência; somente novos conteúdos foram acrescentados, sem modificar a velha memorização, a repetição infindável de exercícios e o poder de centralização das ações pedagógicas assumidas pelo professor. É necessário um plano nacional de formação de professores que contemple uma série de metas, tais como salários dignos, pesquisas, recursos materiais, currículos elaborados com a participação do professor, entre outras. Essas são questões que passam ao largo dos PCN e, mais uma vez, adia-se a mudança do ensino no Brasil. As mudanças curriculares devem começar desde a alfabetização, ou seja, na primeira série do ensino fundamental. Os alunos, nessa série, aprendem a ler e escrever o nosso idioma, e muito mais. A linguagem matemática começa a esboçar as suas primeiras nuances na leitura e escrita dos números. O entendimento da natureza do pensamento matemático se faz presente com sua complexidade psicogenética, necessitando de situações de aprendizagem que tornem a leitura e escrita numérica mais significativa e acessível ao educando. No desenvolvimento profissional, há que realizar ações em âmbitos diferentes. Ações e programas de formação tem de incidir nos contextos em que a prática se configura e em que se produzem determinações para as iniciativas dos professores.
A Alfabetização Matemática consciente, verdadeira, se propõe a ser uma alfabetização crítica, vigorosa, política, possibilitando a inserção do educando no mundo da Matemática, inserida que está na vida social e cultura do aluno. Formação do professor, pesquisa em sala de aula, currículo são alguns dos temas que o professor deve conhecer, pois são as organizadoras da sua prática pedagógica.